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sábado, 4 de setembro de 2010

Encarando Cabras e Muito Mais


A clarividência viajora, ou visão remota (remote viewing) é a habilidade de ver coisas longe do corpo físico, com o emprego das parapercepções visuais. Embora já tivesse sido usada na década de 50, a habilidade parapsíquica foi interesse dos militares e da inteligência durante a Guerra Fria, com o intuito de permitir aos órgãos de seguranaça obter informação sobre locais secretos do inimigo nos quais não havia espiões.
Os russos desenvolveram mesmo antes dos americanos o uso da visão remota para fins de espionagem e estudaram também a tecnologia biofísica de controle remoto da mente (remote mind-control technology), o que não passou desapercebido da CIA, que iniciou as pesquisas nos Estados Unidos nos anos 60. Os russos têm sido os especialistas mundiais em biofísica desde os anos 50. Sua pesquisa nesta área tem-se concentrado tanto nos usos militares dos efeitos do campo biofísico e na telecinesia, que se trata da habilidade de mover objetos à distância, como na pesquisa de ‘genes psi’ que promovam e mediem a visão remota e os campos biofísicos envolvidos na telecinesia. Isto levou-os a estudarem a base biológica da RV.

A pesquisa militar sobre visão remota nos Estados Undos foi implementada com o Projeto Scangate, o que gerou a seguir outro número de projetos na área. A dra. Jessica Utts, professora de Estatística na Universidade de Stanford, desenvolveu uma pesquisa sobre visão remota e conseguiu evidências científicas da realidade do fenômeno. "Isso foi significativo," disse ela a repeito do trabalho, "porque mostrou que a ciência, tal como a conhecemos, é crucialmente falha." Os cientistas, claro, deram de ombros para os resultados encontrados pela dra. Utts e seguiram céticos (acho que mais por uma questão de sobrevivência). A ciência avança nos laboratórios mas esquece de estudar a natureza essencial da realidade física.


A posição dos militares, no entanto, dissimila a utilização da visão remota. O porta-voz da CIA, David Christian, admitiu que nenhuma pesquisa oficial sobre visão remota doi autorizada. "Pensamos que a comunidade de inteligência não deve pesquisar mais sobre isso, pois é melhor que seja feito pela iniciativa privada." Há uma campanha de desinformação para ocultar o fato de que eles seguem com as pesquisas e até aceleraram o estudo sobre o assunto. Jim Schnabel, um suposto agente da CIA, criou os verdadeiros Arquivos X, dissimulando a verdadeira intenção dos órgãos de segurança dos Estados Unidos. Mas o discurso de David Christian tem um fundo de verdade, pois as organizações privadas americanas que investigam a visão remota são todas elas lideradas por oficiais de segurança aposentados.



A ciência convencional, de qualquer forma, se fez presente nas pesquisas. Novos estudos questionaram uma base científica para a visão remota e a tecnologia biofísica de controle remoto da mente, quando os cientistas viram que não podfiam negar que ela funcionava. Joe McMoneagle, um oficial aposentado do Exército dos Estados Unidos afirma ter deixado o Stargate em 1984 com uma medalha da Legião do Mérito por obter informação sobre 150 alvos que não estavam acessíveis por outros meios senão o da visão remota. Ele usou a visão remota para entrar na mente de Shaw Taylor e ver através de seus olhos, num experimento efetuado no O Mundo Paranormal de Paul McKenna (The Paranormal World of Paul McKenna - ITV, UK). O método de usar a visão remota para entrar no cérebro de outra pessoa é chamado de telepatia ou sensor remoto (remote sensing). Porém, muita informação a respeito da tecnologia biofísica de controle remoto da mente permanece secreta.


O filme Os Homens que Encaravam Cabras, com direção de Grant Heslov e roteiro de Pete Straughan, baseado na obra de Jim Ronson, aborda a visão remota como técnica de espionagem nos domínios militares de maneira bem humorada e surrealista. Com um elenco de galácticos, como George Clooney, Ewan McGregor, Jeff Bridges e Kevin Spacey, a história fica em cima do muro da realidade como nós a conhecemos e do realismo fantástico, ambientada num Iraque invadido pelos Estados Unidos. Embora o filme tenha o sarcasmo como alma, um ingrediente sempre bem sucedido em comédias, vale ressaltar que o tema é bem mais interessante do que o roteiro criado por Straughan, às vezes insano demais para ser levado à sério e monótono o bastante para perder o seu caráter engraçado e usar o FF (fast forward) do controle remoto.


No filme, Bob Wilton é um jornalista que foi abandonado por sua esposa. Para se recuperar do divórcio, ele aceita a tarefa de cobrir a guerra no Iraque. Ele permanece em um hotel no Kuwait, já que não consegue autorização para entrar no Iraque. Um dia, no bar do hotel, Bob conhece Lyn Cassady, que diz ser um vendedor. Mas o jornalista logo se lembra de uma entrevista que fez, meses antes, com Gus Lacey, que conseguia matar animais apenas com o poder da mente. Ele ganhou esta habilidade ao integrar um setor especial do exército americano dedicado a estudos parapsíquicos, liderado por Bill Django e que também contava com Cassady na equipe. Bob conta o que sabe a Cassady. Ele na verdade está no Kuwait em uma missão secreta e precisa entrar escondido no Iraque. Animado com o furo, Bob encara o desafio de entrar no Iraque com Cassady e temos, assim, o início de uma trajetória que fará com que Bob conheça melhor o Exército de Terra Nova e os poderes mágicos de seus integrantes diante das cabras do laboratório de pesquisa, num campo militar no deserto.





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